Sejam bem-vindos!

Este site foi criado com a finalidade de divulgar a Doutrina Espírita, criando mais um espaço virtual onde seja possível o estudo e o aprimoramento pessoal. Não esqueça de deixar seu comentário, ajudando-nos na construção de mais esse site espírita na web.

domingo, 19 de agosto de 2012

UM MERGULHO EM NÓS - O AUTOCONHECIMENTO


As vezes pra gente se descobrir é necessário que façamos um mergulho dentro de nós mesmos. Isso significa olhar profundamente, sem se deixar levar pelas aparências.

A autodescoberta talvez seja como mergulhar em um lago congelado. À primeira vista, a gente só consegue vislumbrar aquela camada superficial da água que está congelada e, dependendo da iluminação, até conseguimos vislumbrar o lago abaixo da camada de gelo, no entanto, é mais provável que vejamos o reflexo do nosso próprio rosto e das coisas a nossa volta. Ou seja, mesmo que tenhamos a intenção do mergulho, nossos olhos ainda perceberão somente o exterior, a aparência do que somos.


Talvez seja nesse momento que nos confundimos, pois imaginamos estar procurando uma solução, uma compreensão mais profunda, quando na verdade estamos nos deixando enganar pela aparência do real. O mergulho só poderá ser feito se decidirmos romper com a camada de gelo que cobre a superfície. Quebrar o gelo e olhar para o fundo é a conseqüência de uma “decisão” de um “querer”. É preciso “querer” romper a superfície para que possamos mergulhar em nós mesmos. E romper significa quebrar com algo existente, modificar a nossa realidade, entender que a partir do momento que optamos pelo mergulho, nada mais se manterá igual.

Quando procuramos soluções para a nossa vida é preciso que saibamos qual o tipo de solução que desejamos encontrar. Soluções poderão ser utilizadas tanto para manter o que já está estabelecido, como para modificar a realidade. Portanto, antes mesmo de procurarmos a solução, precisamos saber o que verdadeiramente procuramos.

Quando nós não decidimos, a vida decide por nós. Dessa forma, o mergulho pode se dar por acaso, por uma imposição da vida em conseqüência de escolhas feitas anteriormente. Se, em algum ponto de nossas vidas, a camada de gelo que cobre a superfície estiver fina, é possível que o gelo se rompa sozinho como conseqüência natural. Ou pode se dar que ele se rompa devido ao nosso próprio peso, a tudo aquilo que fomos colocando em nossas costas, escolhas mal feitas, decisões superficiais que somente mascaram a realidade aumentando a carga que devemos levar no caminho. O peso das nossas escolhas pode causar um rompimento abrupto da camada congelada, nos colocando imersos em nós mesmos sem o devido preparo, sem que isso aconteça como conseqüência de uma decisão consciente do ser.

Descobrir-se, compreender-se, olhar-se profundamente, pode ser muito mais difícil e doloroso do que muitos imaginam. Abaixo de uma superfície congelada, existe o lago em forma líquida, mas com a água em temperaturas que podem ser fatais para o corpo humano. É uma viagem arriscada e, talvez por isso, seja a viagem que o homem mais posterga ao longo de sua existência corpórea.
 

O espírito que decide enfrentar-se sem máscaras descobre em si mesmo um novo mundo, que pode mudar em 180 graus sua percepção da vida. Nada permanece no lugar após a autodescoberta. 



Num jogo de xadrez, para que ocorra o xeque-mate é necessário que o jogador movimente as peças no tabuleiro, muitas vezes arriscando perdê-las. No entanto, só sairá vencedor aquele que realmente estiver disposto a jogar, o que implica em conhecer com profundidade o jogo e as características e funções de cada uma de suas peças. Somente vencerá aquele que souber observar, que não tiver medo de arriscar, justamente por ter conhecimento prévio das possíveis conseqüências de cada movimentação que fizer.

Em suma, para sabermos quem realmente somos, antes de tudo, é preciso decidir deixar de ser quem pensamos ser.

Nenhum comentário:

Postar um comentário