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segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

AREIA

Muitos são os irmãos desencarnados que procuram ou são encaminhados para as reuniões de desobsessão repletos dos mais diversos sofrimentos. Suas narrativas, nesse sentido, demonstram a dor que sentem na alma – e que por vezes eles ainda acreditam ser no corpo de carne que não mais possuem.


O que se vê, em alguns casos, é que guiados por tamanho sofrimento acabam por se ligar a outros irmãos, encarnados por sua vez, conscientes ou não do que estão fazendo e passam a representar (para os encarnados) o clássico obsessor.



Claro, há os casos de plena consciência do sofredor desencarnado a respeito do que está fazendo, causando dificuldades para aquele que obsidia – como se a maioria de nós, encarnados, precisasse dessa “ajuda”.

O que, em forma de opinião, creio que seria bom termos em mente é que somos, como um irmão desencarnado alertou, pequenos, pequeninos grãos de areia nesta vasta praia que é o planeta Terra, que por sua vez é um minúsculo punhado de areia na imensidão do infinito do universo.

Já pensou nessa metáfora? Já refletiu sobre ela? Veja-se numa praia (escolha uma que goste bastante) num belo dia. Agora se imagine se abaixando e tentando pegar um grão de areia. Mas preste atenção: não podem ser grãos de areia, pegue só um. Coloque-o entre seus dedos polegar e indicador e o contemple por alguns instantes. Pequeno, não? Talvez difícil de segurar, de controlar entre os dedos “tão enormes”. Um pouco translúcido, sem cor? Ou escuro demais? Enfim, é um grão de areia. E sabe mais o quê?

Eis você! Sim. Ou eu ou qualquer indivíduo que está neste exato momento na face da Terra. Compare agora com os prováveis grãos de areia que estão agarrados na sua mão ou no seu braço ou sobre seus pés. São tantos em tão pouco espaço, não é mesmo? Agora se pensarmos que essa praia onde “está” você é nosso planetinha azul, com seus três quartos de água, quantos grãos de areia existirão aí? E se caminharmos para outra praia ou então para o oceano cujo chão é de areia (olha só...) quantos e quantos bilhões, trilhões, “zilhões” de grãos de areia haverá?

Cada um com sua cor, com sua forma, com sua história. E o que tudo isso tem a ver com sofrimento? Tem a ver na medida em que se aprendermos a nossa pequenez e pararmos de achar que somos, individualmente, a criatura mais importante do universo passaremos a perceber que nossos problemas não são tão grandes assim. Veremos que é muita, mas muita gente pra ter problema. Que às vezes os nossos nem são problemas de verdade, mas capricho, orgulho, teimosia e tudo isso que já sabemos que nos faz mal e não nos leva a nada mas insistimos em carregar conosco.

Sabe o que isso significa para os irmãos desencarnados? Os que não têm consciência do que se passa pensam “ali tem mais um como eu, vou me juntar a ele para que possamos chorar nossas mágoas juntos...”. Os que entendem, por sua vez, o que ocorre decidem que ali existe uma presa fácil cujas energias desequilibradas alimentarão suas necessidades duvidosas.

Meus caros, somos criaturinhas bem curtinhas, pequenas e limitadas. Como narra uma outra história, somos peixes presos num aquário e acreditamos que ali é o único oceano do universo. Vençamos nossas próprias amarras. Vamos caminhar por nossos passos, cientes de nossa situação atual, buscando melhorar e não sofrer.

E Deus, nosso Pai, que nos fez para sermos felizes? Já pensou se ele tiver que parar para pegar cada grão de areia de todas as praias que existem? Vamos ajudá-lo. Vamos nos ajudar.

Que Jesus nos abençoe.

Pablo Angely

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