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sábado, 20 de agosto de 2011

UMA GOTA NO OCEANO


“Sei que o meu trabalho representa uma gota no oceano, mas sem ele o oceano seria menor”. 
(Madre Tereza de Calcutá)









 Quantas vezes nos perguntamos qual a finalidade do que fazemos? Quantas vezes desanimamos diante das dificuldades acreditando que não vamos conseguir atingir o propósito almejado? Quantas vezes nos esforçamos para sermos melhores e nos deparamos com a insensibilidade e a mesquinhez alheia e nos questionamos se realmente vale a pena tanto sacrifício?
Estamos diante de uma época cuja conjuntura nos remete aos primórdios da civilização. Vemos estarrecidos a degradação humana estampada em nossos jornais diários, sendo utilizados como alavancas para programas sensacionalistas que utilizam o drama alheio como fonte de renda própria. Alimentamo-nos das mais diversas informações sobre o funcionamento da mente desequilibrada que estampa sua tragédia nas capas das revistas, sem pudores, sem remorsos, por fazer parte do que hoje é considerada liberdade de opinião e de imprensa. Somos bombardeados com a ganancia, a hipocrisia, a falsa política e toda sorte de prática espúria da humanidade e batizamos tudo isso como “realidade”. Mas, o que é a realidade? Do que ela é feita? Seria essa a realidade do mundo?
O trabalho feito por Madre Tereza de Calcutá não tem condições de ser rotulado, nem denominado, por corrermos o risco de estarmos subestimando toda sua importância. Mesmo assim, em sua humildade, ela referiu-se ao seu trabalho como uma simples gota no oceano. Essa experiência vivida por Madre Tereza, todo o seu trabalho, repercutiu na mídia devido à força de suas ações.
No entanto, assim como a gota de Madre Tereza, muitas outras gotas, de tamanhos diversos, existem pelo mundo na tentativa da construção de um mundo melhor. Assim como os oceanos, que são diversos entre si devido às suas constituições físico-químicas, além de outros fatores como as condições climáticas de cada local, assim também o mundo constitui-se de inúmeras realidades que atuam em conjunto formando um todo único quando visto de forma geral, mas totalmente diferentes quando analisadas em suas particularidades.
Acreditar que a realidade resume-se ao que a mídia expõe em seus noticiários, é fechar os olhos para essa outra realidade também viva e pulsante, mas pouco noticiada e que se esconde nas sombras da falta de interesse midiático.
Assim como o mundo exterior é feito desse oceano de partículas diversas entre si, nosso mundo íntimo também sofre dessa corrente desenfreada de múltiplas realidades a se chocarem a todo instante em cada momento de nossas vidas. Seja no trabalho profissional, nas atividades domésticas ou na religião que professamos (ou não), em todos os âmbitos de nossa vida íntima sofremos pelo choque existente entre os condicionamentos pré-existentes (advindo de nossas encarnações anteriores), os condicionamentos da nossa existência atual (derivado de uma cultura social que nos é imposta desde a tenra idade) e a consciência (algumas vezes não muito clara, mas sempre presente) da necessidade de superação interior para um aprimoramento íntimo, decorrente do projeto de evolução incutido em nossas consciências quando da nossa criação por Deus. Esses três fatores associados geram todos os dramas familiares, intra ou inter pessoais, que muitas vezes culminam naquela realidade tão cruel que é veiculada pelos meios de comunicação.
Cada um de nós com nossas gotas de ações colaboramos positiva ou negativamente para a construção do oceano em que desejamos habitar. Esperar que o mundo se transforme sozinho é como acreditar que um açude possa manter seu nível de água sem que haja chuva na região de sua nascente. As gotas que proporcionamos ao mundo indica a qualidade da água que desejamos ofertar à humanidade. E não podemos nos esquecer que da mesma água que servirmos, também seremos servidos, afinal a gota com a qual contribuímos para o oceano é constituída das nossas intenções e emanações mais íntimas, ou seja, do nosso verdadeiro caráter. A gota em questão é produto direto de quem somos, e, assim sendo, ela não se desprende de nós, senão que caminha conosco sendo parte constitutiva também da nossa própria alma.
O nosso trabalho, a nossa emanação fluídica, nossos mais íntimos pensamentos, são gotículas de luz ou de sombra na constituição planetária. Cada pequeno gesto, por menor que seja, impacta no ambiente a nossa volta, e suas consequencias, decorrentes da maior ou menor densidade dessas gotas, irão agir como um bumerangue, atingindo a todos que estiverem em seu raio de ação, mas também retornando a quem as emitiu criando em torno de nós a tempestade ou a calmaria, de acordo com o vento que houvermos ou não plantado.

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